Sabe o que tem me intrigado ultimamente? A quantidade de “conteúdos” postados nas redes sociais que, se pararmos para pensar, de conteúdo não têm nada. Eu entendo que muitos desses posts são apenas para distração, mas, ao meu ver, há tantos desses supostos conteúdos por aí que acredito que muita gente esteja drenando suas poucas horas livres com esse tipo de material. Entendo que cada pessoa é livre para consumir o que quiser, mas eu me sentiria muito mal ao final do dia se tivesse desperdiçado tanto tempo com essas coisas.
Ver um conteúdo engraçado, compartilhar um meme com um amigo, marcar alguém em um vídeo de bobeira faz parte da nossa vida social. Mas precisamos ser críticos ao analisar com o que estamos alimentando nosso intelecto. A internet nos deu acesso a uma infinidade de informações: podemos aprender, desenvolver novas habilidades, nos entreter, nos informar, nos comunicar com pessoas em qualquer lugar do mundo, e, principalmente, trocar informações e experiências. Mas, no que a maioria das pessoas está realmente interessada? Fofocas, acompanhar a vida de celebridades e subcelebridades quase em tempo real, como se passassem mais tempo com a família dessas pessoas do que com a própria.
Eu realmente acho tudo isso um desperdício de tempo e, em muitos casos, até triste. As pessoas parecem mais interessadas na vida alheia e muitas vezes não valorizam o tempo com suas próprias famílias. Comentam “que fofa!” nos stories da avó do influenciador favorito, mas não têm a capacidade de passar um tempo ao lado dos próprios avós, alegando que eles são repetitivos ou sempre reclamam das mesmas coisas. Quase como se aceitasse de que os avós não são tão “queridos” quanto a avó do influencer.
Precisamos começar a nos valorizar, valorizar os nossos. Ter tempo de qualidade com a nossa família, ouvir suas experiências de vida, conhecer nossa origem. Estar presente quando nos reunimos com amigos, viver o momento, sem se preocupar com o celular.
Nem tudo precisa virar conteúdo, ou pelo menos não deveria. As pessoas hoje em dia querem registrar tudo, sem se importar com quem está ao redor, afinal, precisam registrar. E se esse tipo de conteúdo existe, é porque as pessoas consomem!
Gostaria de deixar essa reflexão e te convidar a dar uma olhada nos perfis que você segue nas redes sociais. Pergunte-se: por que sigo essa pessoa ou perfil? Me acrescenta algo? Me faz refletir? Me ensina algo novo? Me torna uma pessoa melhor? Ou estou apenas seguindo páginas de fofoca que disseminam fake news sem me preocupar com as consequências? As redes sociais podem ser tóxicas… mas, às vezes, somos nós que alimentamos essas páginas com nossa interação. Já parou para pensar nisso?